sábado, 7 de novembro de 2009

Dra. Filombeta

Ser palhaço pra mim é acima de tudo ter uma filosofia de vida, uma vontade de mudar o pouco que se consegue atingir, alguma coisa do pensamento do beija-flor que diante da floresta queimando leva um pouquinho de água em seu bico e fica com a sensação de dever cumprido, de "fazer a minha parte". Quanto ao improviso diante das situações difícieis ainda me falta muito, mas, a sensação de que a ida ao hospital me modifica e me melhora, mais ainda do que ao paciente, ou ao "cliente", é muito maior. O desafio de fazer de cada encontrouma saída do mundo triste e sem cor, para um novo horizonte colorido, onde temos problemas, mas passageiros e não duradouros como temos mania de imaginar inicialmente. Para mim, é a oportunidade de conhecer e conviver com pessoas, como o Dr. Galotolan, Dr. Bulacha, Francisco, Rose e tantos, tantos outros, que como eu acreditam nesse mundo melhor que começa com atitude. Atitudes simples como trocar sacolas de plástico por papel, andar de bicicleta, fazer um adulto voltar a ser criança, ou crianças voltarem a curtir a infância são importantes mesmo que pontuais não mudem o mundo todo, mas mudem o mundo delas.. Pessoas que me fizeram acreditar que ir na contra-mão é possível. Um "adulto padrão" não pode pensar como criança, mas nós não somos "padrão". Temos soluções criativas para problemas comuns, recuperamos a satisfação de ser úteis e de fazer pelos outros o que gostaríamos que fizessem por nós. É uma volta a humanização, ou à humanidade... Adoro ser clown, palhaço, ou o nome que quiser dar... beijo Dra. Filombeta..

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